sábado, 12 de abril de 2014

O MISTÉRIO DO DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR


Meus irmãos e minhas irmãs

Hoje com esta celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, iniciamos com muita fé a Grande Semana da Paixão do Senhor, a Semana Santa. Recordamos espiritualmente, a entrada de Jesus em Jerusalém. Esta solene procissão de entrada revela os últimos passos do caminho de Jesus para o cumprimento da sua grande missão, ele sobe a Jerusalém para num ato de amor oferecer a sua vida na cruz em obediência ao Pai pela salvação da humanidade.

Jesus que agora adentra a cidade santa, em solene procissão é aclamado e reconhecido como Rei: “Hosana ao Filho de Davi, Bendito o que vem em nome do Senhor”.  De fato, Ele é o Rei, Ele é o Messias esperado, o Deus que veio para salvar Israel e toda a humanidade. Todavia, deveremos perceber que o reinado de Jesus é marcado pela humildade, mansidão e pobreza. Para expressar tamanha verdade, o vemos entrar em Jerusalém montado num jumentinho, para que se cumprisse a profecia: “Eis que o teu rei vem a ti, montado num jumento”. O Jumentinho era o animal dos pobres, Jesus é o verdadeiro Pobre de Deus, “o anawin de Ihaweh”.  

Sim, amados irmãos e irmãs, falar de um Rei Jesus que se faz pobre é poder contemplar o seu desígnio de amor para conosco. Porque Ele sendo Deus, em uma  profunda humildade se esvaziou, se aniquilou e se fez homem. Ele sendo rico se fez pobre. O Rei assumiu a condição de escravo. Portanto, Jesus é o servo de Deus destinado ao sofrimento, deste modo podemos compreender que a entrada de Jesus em Jerusalém é verdadeiramente uma procissão que  leva-o à cruz, por isso o santo evangelho deste domingo nos narra: a Paixão e Morte de Jesus.

Vejam Jesus, em total obediência ao Pai se entrega livremente para enfrentar os tormentos da cruz. De fato, nele se realizam as palavras da primeira leitura: “ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba, não desviei o rosto de bofetões e cusparadas”. Esta total aceitação por parte de Jesus à cruz, revela um ato de profundo e eterno amor, amor para com o Pai na obediência à sua vontade e amor para com a humanidade. Assim vemos que o reinado de Jesus é o Reino do amor até o fim, da doação sem limites de sua própria vida.  Ao olharmos para a cruz  vemos nela o verdadeiro trono do Rei Jesus é nela que o Senhor é exaltado revelando todo o seu poder e sua glória.

Pois bem, nos unamos a Jesus nesta caminhada para a cruz, que os ramos que sustentamos nas mãos, sejam o sinal de nossa adesão ao Senhor, que não o traiamos, nem o abandonemos, não estendamos mantos e ramos, mas estendamos nossas vidas em sua vida, prostremo-nos aos seus pés e o sigamos até o fim.  AMÉM

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