Queridos
irmãos e irmãs
Na
Liturgia deste 5º domingo do Tempo Comum, Deus nos exorta em sua palavra a
reavivarmos em nossos corações e em nossa vida, uma missão primordial de todo e
qualquer discípulo de Cristo: “Ser sal da terra e luz do mundo”.
Já
no Evangelho, nós contemplamos um trecho do grande Sermão da Montanha, onde
Jesus tendo subido ao monte, o lugar do encontro com seu Deus e Pai, senta-se
como um Verdadeiro Mestre e ensina aos seus o Caminho do Reino, e aos
discípulos, revela-lhes uma missão: “Vós
sois sal da terra e luz do mundo”.
Descubramos
o sentido real e verdadeiro desta missão, primeiro: Ser Sal da Terra. Vejam, o sal na sagrada escritura indica: aquilo
que dá sabor, o que serve para conservar, mas também, é um meio de purificação
e um sinal de aliança e perenidade. Pois bem, ser sal na vida dos discípulos
significa levar o sabor, a doçura do amor, da graça, da vida e da salvação de
Deus ao coração de muitos homens e mulheres que estão insípidos, ou seja, insossos
em sua vida espiritual, faltando-lhes Cristo. Devem convidar a humanidade a
purificar o interior, para acolher o Reino de Deus, levando-os também, a
conservar em seus corações a Palavra de Deus e observar os seus mandamentos,
para que deste modo se possa viver uma aliança eterna com Deus.
Depois,
receberam a missão de Ser Luz do mundo.
Reparem, a luz significa a vida nova e feliz. Portanto, Ser luz significa
iluminar a vida e os corações de uma humanidade que anda na escuridão do
pecado, nas trevas de uma vida sem Deus. É reascender nos corações o desejo de
amar a Deus e de segui-lo fielmente, a romper com a vida de pecado e a viver na
graça de Deus.
Queridos
irmãos e irmãs, também nós, os novos discípulos de Cristo pelo Batismo,
recebemos esta missão, por conseguinte, deveremos ser no tempo presente de
nossas vidas, Sal da terra e luz do mundo.
Temos que levar o sabor da vida eterna a muitos corações que estão insossos de
felicidade, alegria, paz e amor, amargurados, desanimados pelos sofrimentos da
vida. Temos que levar a luz da salvação aos corações de tantas pessoas que se
perderam nas estradas da vida e estão envolvidas pelas trevas, as nuvens
sombrias do pecado. O lugar no qual os
discípulos e nós deveremos viver esta missão: é a terra, o mundo. Ou
seja, na nossa vida cotidiana, no trabalho, na escola, na família. Em todo
lugar somos chamados a ser sal e luz.
Mas
sejamos conscientes de que o discípulo só poderá ser Sal e Luz, a medida que
ele unir à sua vida a Cristo, pois Ele é o verdadeiro Sal e a Verdadeira luz da
humanidade. S. Bernardo já dizia: sem
Cristo a nossa vida fica insípida. E Cristo dá testemunho de si dizendo: “Eu
sou a Luz do mundo”. Portanto, o discípulo, nós, eu e você só podemos iluminar
a humanidade e levar o sabor da graça e da salvação, se por primeiro tivermos
experimentado o sabor da vida eterna em nossos corações trazido pelo Cristo Sal
da terra, e se tivermos deixado com que Ele, enquanto Luz, iluminasse nosso
ser. É dentro deste contexto que S.
Paulo vivia: “Eu não quero saber de outra
coisa senão Cristo Crucificado”.
Por fim, é praticando as boas obras em nossa vida, ou seja, a
caridade, o amor, a justiça, o perdão que nós vamos cumprindo a missão de ser
sal e luz. Assim nos fazia ver o profeta Isaías: “se acolheres de coração aberto o indigente e prestares todo o socorro
ao necessitado, nascerá nas trevas a tua luz e tua vida obscura será como o
meio-dia”. Portanto, nos deixemos salgar e iluminar por Jesus, para que
assim no cotidiano de nossa vida, salguemos e iluminemos o coração da
humanidade para acolher o Reino de Deus. Amém!!
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