sábado, 17 de novembro de 2012

A SEGUNDA VINDA DO SENHOR, ALEGRIA PARA NÓS.

Queridos irmãos e irmãs, já nos aproximamos do final do ano civil, mas também, e, sobretudo, do final do ano litúrgico, por isso a Santa Mãe Igreja em sua Divina Liturgia sabiamente nos convida a uma reflexão sobre o Fim da história humana, que responde a pergunta que inquieta nosso ser: Para onde iremos?  Qual é o nosso fim? Sim, nossa vida não é uma caminhada para o nada, mas para um fim que na verdade é o começo da Vida Nova e Plena.

A primeira leitura e o Evangelho estão intimamente relacionados, nos convidam a olhar para o fim dos tempos e da história, por isso se iniciam com expressões semelhantes: “naquele tempo” (Dn 12,1) e “naqueles dias” (Mc 13,24).  Estas duas expressões nos apontam para um Futuro, indicam um Tempo Novo que está para chegar. Entretanto, este Novo Tempo será antecipado por momentos de dor e sofrimento. O Evangelho e a Primeira leitura nos apontam para esta realidade quando falam de: “um tempo de angústia” (Dn 12,1) e “grande tribulação” (Mc 13,24). Assim como o povo de Israel e os cristãos daquela época viveram tempos de perseguição, tribulação, opressão por parte dos reis e imperadores que eram contrários à fé cristã. Nós, o Novo povo de Deus também, enfrentamos as dores, os sofrimentos, as angústias, as decepções, as ilusões, as opressões, as infelicidades desta vida, que nos fazem perder a esperança de experimentarmos uma vida feliz. Mas vejam, todas estas realidades sofridas devem nos fazer entender que o mundo em que vivemos é finito, limitado, marcado pela caducidade da vida; e, por conseguinte, não existe vida eterna, plena e feliz aqui na terra, por mais que o ser humano almeje, corra, lute em busca da felicidade plena aqui na terra, vai se deparar unicamente com o absurdo da própria limitação existencial, a vida vai se tornar uma verdadeira náusea, um verdadeiro assombro.

Todavia, nesta caminhada da vida para o Fim, para o Futuro, Deus vem ao nosso encontro para nos salvar, “para salvar o seu povo” (Dn 12,1). Vem para nos trazer um Tempo Novo; e que Tempo Novo é este? É o que chamamos de Parusia, a segunda Vinda de Cristo, sua chegada em nosso meio. Assim nos mostrava o Evangelho: “Então verão o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória” (Mc 13,26). O Senhor veio uma primeira vez, assumiu a nossa humilde condição, carregou sobre si nossas enfermidades, enfrentou o drama da cruz, morreu pelos nossos pecados e ressurgiu da morte vencedor, recebeu um corpo cheio de glória, e subiu ao céu onde está cheio de esplendor à direita do Pai, foi preparar o nosso lugar, e virá uma segunda vez para “reunir os eleitos” (Mc 13,27), para trazer novos céus e nova terra. O Senhor Jesus virá para nos trazer a Vida definitiva, a vida eterna, que por sinal não deve ser entendida como uma vida cumprida, longa em dias, mas plena, completa de sentido, porque cheia do Espírito de Deus que é eterno. Portanto, a vinda do Senhor transfigurará tudo, os que estão mortos uns ressuscitarão e outros experimentarão o castigo eterno.

Deste modo, nós já entendemos que a nossa vida caminha para Cristo, nós fomos feitos por Ele e para Ele; de modo que podemos afirmar com certeza de fé:  Cristo é o princípio e o fim da nossa história. Agora, poderíamos nos perguntar: e este tempo, quando chegará? Bem, Este tempo na verdade já começou, está às portas (Mc 13,29) nós somos a geração que experimentará no hoje da vida, o fim que se aproxima, “esta geração não passará antes que tudo isso aconteça. Este Novo tempo amados irmãos e irmãs, nos foi aberto pelo dom da Ressurreição de Jesus, nele já experimentamos às primícias do futuro, todavia o dia e a hora que o Senhor voltará em sua glória nós não o sabemos. Não temamos, nem nos deixemos levar pelo medo ou pavor, como muitos adventistas e testemunhas de jeová compreendem e por isso metem medo nas pessoas, mas aguardemos com esperança e vigilância, pois como nos diz Sto. Agostinho: “que espécie de amor a Cristo é esse que tememos que ele venha”. Em cada Eucaristia o Senhor vem ao nosso encontro, de modo que por meio dela já experimentamos a plenitude antecipada, que alimentados por ela sejamos fortalecidos nesta caminhada e  assim com os cristãos do primeiro século digamos com fé e amor: Maranathá, “vem Senhor Jesus”. Amém.



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