sábado, 12 de maio de 2012

AMAR COMO JESUS AMOU, NÃO É UTOPIA, MAS REALIDADE.

“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelo amigo”.

 (Jo 15,13)

Estas belíssimas palavras pronunciadas por Jesus, o Mestre e Senhor de nossas vidas, nos revelam a sua grande missão tendo sido enviado ao mundo, para salvar uma humanidade dispersa e afundada no abismo da morte, sem vida, sem esperança e sem amor. Toda a vida de Jesus foi para revelar o amor de Deus na vida de uma humanidade sequiosa de amor, Ele veio para dar vida aos que andavam na terra sem-vida. Cristo deu a sua vida em amor ao curar os enfermos, cegos, aleijados, paralíticos, surdos e mudos, ao reavivar a vida de alguns que estavam mortos, e tantos outros que passaram e se encontraram com ele, mortos física e espiritualmente. E por fim, deu sua vida em amor na cruz por cada um de nós, na cruz se revela a maior prova de amor, daquele que se fez nosso servo para nos chamar a uma amizade íntima com ele, de coração para coração, um amor verdadeiro e não utópico.

Jesus também chamou os seus discípulos e hoje chama a cada um de nós para também darmos a vida uns pelos outros, porque a medida do amor, é amor como Jesus nos amou, esta é a novidade radical que Jesus propõe a cada um de nós como caminho para a Vida Bem-Aventurada. Repito embora a olho nu, esta proposta de Jesus seja difícil, pois muitos podem pensar: quem de nós humanamente falando pode amar como Jesus amou? Todavia, não pensemos assim, Jesus sendo Deus nos amou humanamente. Humanamente sim! Pois nos amou de forma pura, doce, afável e verdadeira, se doou por cada um de nós, tocou as nossas feridas, chorou pela perda de quem ele amava, sentiu as nossas dores e aflições, fez o que nós fazemos. Tudo isso para dizer que nós podemos amar como ele nos amou. E podemos ver que esse seu amor embora seja grande, imenso e infinito, se manifestou de forma simples, pequena e frágil, um amor que é desconcertante, que não sabemos como explicar.

Nunca esqueçamos que nós embora sendo humanos, temos em nós um germe de eternidade, fomos feitos à imagem e semelhança do Eterno e fomos criados para a eternidade, e nos faz capazes de Deus e de amar com os sentimentos que brotam do coração de Deus, por isso, é possível amar como Jesus amou a ponto de dar a vida pelo próximo. O problema é que pensamos que dar a vida pelo outro é literalmente termos que morrer no sentido propriamente dito da palavra, ou seja, deixar de existir fisicamente. É verdade que podemos dará vida, morrer por causa de alguém, para que ele viva. Mas podemos e devemos dar a vida, morrer pelo outro em pequenas atitudes e gestos. Por exemplo, quantas vezes nos deparamos com pessoas que estão quebradas e cansadas pelos sofrimentos da vida, dores, tristezas, tribulações, angústias, que perderam o sentido de viver, que preferem tirar a própria vida do que continuar vivendo frente às dificuldades que parecem intermináveis. Pessoas que não tem alegria, sorriso no rosto, felicidade, estão vivas, embora pareçam estar mortas. E nós paramos para conversar num diálogo fraterno com estas pessoas, e o tempo vai passando e o dialogo vai fruindo, nós com nossas dores e dificuldades, mas na ocasião mais alegrias e vigorosos que a pessoa, logo vamos dando a ela a alegria de viver, ela vai encontrando a paz, a fortaleza espiritual, um sorriso lhe salta dos lábios, uma luz cintila em seu olhar, nós vamos reerguendo-a e ela vai recuperando a alegria de viver. E logo diz: como eu me sinto melhor! Como meu coração está aliviado! Como um sentimento de paz invade meu coração!

Pronto! Depois de uma longa ou pequena conversa nós demos a vida ao outro, e é isso mesmo, a alegria que nós tínhamos e que faltava à pessoa, demos a ela para que ela pudesse também ser feliz. E outras coisas mais, como a paz, fortaleza, felicidade, coragem, entusiasmo, e, sobretudo, amor. É assim que nós damos vida ao outro em amor; nunca esqueçamos embora o amor seja eterno, ele é simples, porque o amor nasce em Deus que sendo eterno se fez simples, ou melhor, o Amor é Deus, e este amor foi derramado em nossos corações, pelo Espírito Santo, que é o vínculo de amor ente o Pai e o Filho, e entre, Deus e nós.

Amar e dar a vida pelo outro, é viver esta eterna doação, num eterno movimento de sair de si e dar-se ao outro. É ressuscitar quem muitas vezes está eternamente morto na vida, quem já não encontra mais motivos e nem forças para seguir. Tenhamos sempre a coragem de parar, escutar, chorar e se alegrar com quem tem sede de ser amado. Assim seremos outros Cristos na vida de tantos enfermos, cegos, paralíticos, mendigos que necessitam ser sempre mais amados. O amor que damos ao outro, num simples instante de atenção, não é nosso, é dom de Deus a nós, e é ele que nós devemos derramar na vida dos irmãos. Amar como Cristo amou não é utopia, é real e verdadeiro, basta que saíamos de nosso Eu e nos dirijamos ao Tu do próximo.

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