terça-feira, 1 de maio de 2012

O Rezar na direção de Deus

"A liturgia é o culto do céu aberto... nela nós entramos no Céu, estamos orientados para o coração rasgado de Cristo, o Sol do Oriente que veio nos visitar... voltar-se em conjunto ...para o Oriente, não era uma celebração da parede e não significava do sacerdote virar as costas ao povo, mas uma forma do sacerdote e o povo que se entendiam unidos na caminhada para o Senhor, eles não se fecham no círculo, não se olham uns aos outros: são um povo que se põe a caminho para o Oriente, rumo a Cristo vindouro que se aproxima de nós... não é o olhar para o sacerdote que é importante, mas o olhar para o Senhor, não é o diálogo que está agora em causa, mas a adoração...O sacerdote que se volta para a comunidade, forma um círculo fechado em si. A sua forma deixou de ser aberta para frente e para cima; ela encerra-se em si própria... o sacerdote agora é o ponto de referência, tudo depende dele, é necessário vê-lo, tudo assenta a sua criatividade... cada vez menos é Deus que se encontra em destaque... onde não é possível voltar-se coletivamente para o oriente, pode a Cruz servir como o Oriente interior da fé. Ela deveria estar no centro do altar, sendo o ponto de vista comum, do sacerdote e da comunidade. Voltai-vos para o Senhor. Desta maneira olhamos juntos para Aquele cuja morte rasgou o véu... o Senhor é o ponto de referência. Ele é o Sol nascente da história. A cruz pode ser a da paixão, que presencia Jesus que por nós deixou traspassar o seu lado, donde jorrou sangue e água”. (Cardeal Joseph Ratzinger. Introdução ao Espírito da Liturgia. p. 55-62)


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