sábado, 1 de dezembro de 2012

ERGUEI A CABEÇA, A VOSSA LIBERTAÇÃO ESTÁ PRÓXIMA

Amados irmãos e irmãs, estamos reunidos na fé da Igreja, para com ela iniciarmos um Novo ano Litúrgico, que se abre com esta celebração do Primeiro Domingo do Advento.

Antes de tudo quero dizer-vos o que significa este tempo que nos prepara para celebrar o natal do Senhor, sua vinda em nossa carne. A palavra Advento significa: chegada, presença, vinda. Antigamente, ela era usada para indicar a visita dos reis e imperadores ao seu povo. Os cristãos tomam esta idéia e a relacionam ao Rei Jesus, o Filho de Deus que vem visitar o seu povo, Ele que vem dirigir a nossa vida, para tanto, o tempo do advento é marcado pela espera e pela vigilância que nos convida a preparamos com piedade a nossa casa interior para recebermos este Rei que vem. Portanto, este sagrado tempo nos convida a recordarmos espiritualmente a Vinda de Deus em nossa história, Ele veio uma primeira vez em nossa carne, mas também Ele virá uma segunda vez, no fim dos tempos. Aqui se expressa a característica do tempo do Advento, ele se divide em dois: 1 Domingo até o dia 16 de dezembro meditaremos sobre o Advento escatológico, e do dia 17 de dezembro ao dia 23 meditaremos sobre o Advento natalício.

Pois bem, neste Primeiro domingo a Igreja nos convida a olharmos para  o Futuro, a Segunda Vinda de Jesus em nossa história, Deus que virá para salvar o seu povo da terra da escravidão. Na Primeira leitura o profeta Jeremias se dirige a um povo amargurado, angustiado, sofrido, sem esperança, com sua alma quebrada, que depois de estar preso, volta para a sua casa (Terra) e a encontra toda destruída, e, por conseguinte, este povo se acha sem forças para reconstruir a própria vida, por isso chora e geme de tristeza e dor. Este povo é imagem de cada um de nós, marcados como somos e estamos pelos sofrimentos, angústias, aflições, desesperos. Todavia, Deus por meio de seu profeta faz uma promessa, enche o coração do povo de esperança, e hoje também anseia por reavivar a esperança em nossos corações; eis que no futuro próximo, “Deus vai fazer brotar de Davi uma semente, um rebento de justiça, o qual salvará o seu povo (Jr 33, 15). Quem é este rebento? É Jesus, é Ele o descendente  de Davi, por meio de seu pai adotivo, José. Já nos dizia a profecia de Isaías: Um ramo sairá do Tronco de Jessé, um rebento brotará de suas raízes, sobre ele repousará o Espírito de Deus” (Is 11,1). Em verdade Jesus é este rebento, sobre o qual o Espírito do Senhor pousou (Lc 4,18), Ele trará para nós, a justiça, a paz, a felicidade plena, libertando-nos da escravidão de nossos medos, temores e inseguranças.

No Evangelho, Jesus fala a seus discípulos, e hoje a nós, de um tempo novo que virá, um mundo novo que será criado, mas que será antecipado por sinais cósmicos, 25“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas.  Veja, não é que o fim do mundo será marcado por  catástrofes, mas por meio destes sinais apocalípticos Deus nos faz ver que este mundo é limitado, passa, é finito. Todavia, também nos faz ver que Deus trará um novo mundo,  por isto que estes versículos são muito semelhantes, ao caos inicial visto quando Deus iniciou a criação do mundo (Gn 1,1-2).
Por conseguinte, não devemos desanimar, nem ter medo, se até mesmo os males e sofrimentos do tempo presente nos afligem, somos encorajados a por esta promessa cheia de esperança:  “Eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”. Sim, amados irmãos, estamos neste mundo como que aprisionados, cativos, sufocados pelas derrotas da vida, quantas e quantas vezes baixamos nossa cabeça, a dor ofusca nosso olhar, arranca o brilho de esperança e de felicidade que reluz em nós. Mas Deus hoje nos dá esta certeza, Ele virá para nos libertar de nossas prisões interiores, Ele virá para mudar o rumo de nossa história, deveremos erguer nossas cabeças e olhar para o céu, o firmamento, para o horizonte do coração de Deus, pois é de lá, que virá a nossa libertação, a nossa salvação.

Entretanto, o Senhor pede de nós a vigilância, pede que abandonemos às obras e a vida de pecado, e  a tudo aquilo que embriaga o nosso coração, fazendo-nos tropeçar na estrada que conduz até Deus e nos afasta dele. Devemos em todo instante de nossa vida estarmos atentos e vigilantes na oração, atentos em praticar boas obras que edifiquem nossa vida como nos diz a segunda leitura:Irmãos: O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e transborde sempre mais, a exemplo do amor que temos por vós”. Nós conhecemos a forma de vida que nos leva para Deus, progridamos, pois neste caminho, e que com passos firmes e coração cheio de fé e esperança, aguardemos em prontidão, o dia da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.

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