sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O Senhor nos chama para estarmos com Ele - II

Prosseguindo nossa meditação, o texto nos diz: 13Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele. Aqui não é uma subida qualquer de Jesus a um lugar alto, a beleza e a razão desta subida de Jesus ao monte nos é indicada por S. Lucas: “Ele foi à montanha para orar e passou a noite inteira em oração, depois que amanheceu, chamou os discípulos e dentre eles escolheu doze” (Lc 6,12-13). Jesus sobe ao monte para realizar aquilo que tantas vezes fez: Rezar diante de seu Deus e Pai, e estes momentos de oração de Jesus são de uma profundidade imensa, neles se revelam a intimidade entre o Pai e o Filho, toda a sua relação e amor, e Jesus sempre procura estes momentos a sós com seu Deus em oração nos momentos decisivos de seu ministério. Então, uma primeira verdade é esta: os discípulos não são escolhidos de uma forma qualquer, ou de uma hora para outra, como acontece em nossos dias, quando muitos de forma medíocre e idiota se auto escolhem e se autodenominam apóstolos, profetas, discípulos, pastores, bispos, diáconos, presbíteros. Pobres homens, deveriam entender que é Deus que escolhe, é ele que chama e o faz de forma profunda, em momentos de intimidade com Deus, a assim vemos as ordenações em nossa Mãe Igreja católica, ninguém se deve outorgar ao direito de se fazer discípulo ou apóstolo. É sempre Deus quem escolhe.
Esta subida de Jesus ao monte com os que ele chamou, também aponta para uma outra grande verdade, é a de que os discípulos subiram outros montes com o Mestre, nem sempre com paisagens e momentos belos como nós poderíamos pensar, basta imaginarmos quão bela não é a visão quando estamos no alto de uma montanha. Os discípulos subirão outros montes com Jesus, marcados por esplendor, alegria como no Monte Tabor na transfiguração, ou marcados pela dor, medo, angústia, terror, como na subida ao Getsêmani e ao Calvário. Mas, é isto mesmo, seguir a Jesus é enfrentar momentos felizes, de transfiguração da alma, de todo o nosso ser, mas também de suportar momentos de dor, de tribulação, de medo, angústia, solidão, de cruz, é assumir o calvário da vida. Jesus chamou aqueles discípulos para viverem como diz Bento XVI: “a aventura da fé”, seguir Jesus é enfrentar as subidas e descidas da caminha, mas sabendo que no fim, tudo termina no alto, no monte verdadeiro que é o céu, em Deus, na pátria da felicidade sem fim.

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