sábado, 10 de setembro de 2011

A Missa: Celebrar a Deus e não a nós mesmos

Amados irmãos e  irmãs em Cristo, a vós graça e  paz da parte de Nosso Senhor Jesus Cristo. relendo o belíssimo e profundo livro : Introdução ao Espírito da Liturgia de nosso amado papa Bento vi uma frase que me impressionou pela sua veracidade fazendo refletir um pouco sobre a natureza  da liturgia, uma vez que , em nosso século vemos uma deturpação gritante da natureza e do Espírito da Liturgia. eis a frase:

"A  adoração é o modo correto do culto e da relação com Deus, é constitutiva para a existência certa do homem no mundo, precisamente porque vai para além do quotidiano, fazendo-nos participar no modo de existir  no céu do mundo de Deus, deixando entrar a luz do mundo divino no nosso...o homem sozinho  não consegue  mesmo criar  um culto fácil porque sem Deus se revelar, ele será sempre insignificante...o homem pode, sem Deus se revelar edificar altares ao Deus desconhecido, nos seus pensamentos, ele pode elevar-se para Deus, na tentativa de o alcançar, mas a verdaeira liturgia pressupõe que Deus responde e expõe o modo como deve ser adorado"

Estas sábias palavras de nosso querido papa, as quais escreveu ainda como cardeal, expressão o que deveras é e deve ser a liturgia em sua natureza e em seu espírito. a grandeza do ser cristão, a essência do cristianismo e o que diferencia das demais religiões é que não somos uma religião do livro, das palavras, mas da Palavra, de uma Pessoa, Deus, revelado me Cristo, a Palavra que se fez carne e armou a sua tenda, a sua presença no meio de Deus. o Deus cristão é uma pessoa, é o Emanuel. o "Deus-conosco".

a proximidade de Deus que por amor vem a nós, não deve nos mover a um relacionamento frívolo com Deus, ou de desleixo, ou muito menos de pensar que Deus é um com-padre nosso, o qual deveremos tratar de qualquer forma ou falar dele de qualquer forma. pelo contrário, se é verdade que Deus ao assumir a nosso condição se fez íntimo de nós, mas do que nós mesmos, é verdade que a forma correta de nos relacionarmos com Deus deve ser marcada pela reverência, pelo temor, pelo respeito profundo, de saber que Ele é Deus, é o EU SOU, Deus é Deus , Ele é e  nós existimos, porque é por ele que nos movemos e existimos. como diz uma bela canção: "Deus é Deus e eu devo ser um adorador". aí compreendemos a expressão do cardeal Ratzinger: "A  adoração é o modo correto do culto e da relação com Deus, é constitutiva para a existência certa do homem no mundo".

no culto, na sagrada liturgia, é Deus que se torna próximo de nós, Ele nos vem a nós sempre de novo, por isso que nossos corações devem se encher de santo e reverencial temor, de profunda adoração: "tira as sandálias dos pés, pois o lugar que estás é santo". na liturgia temos diante de nós o Santíssimo, por isso que no santo cantamos o trysagion: Santo, Santo, Santo. não somos dignos de estar na presença, mas Deus na graça de sua misericórdia nos convida a oferecermos o seu sacrifício que se inicia com o sacrifício de nossa própria vida, de nossa existência, Deus nos tira da terra e eleva-nos para o céu, a sua morada, por isso que ele vem ao nosso encontro, para nos levar até ele.

eis que grandeza, ó terna gratuidade de Deus! em cada liturgia que celebramos somos convidadosa deixar com que a luz de Deus invada os nossos corações, toda a nossa existência e nós ao dom de Deus rejeitamos, com a nossa frivolidade nas celebrações, nossas distrações, nossa falta de piedade, de temor diante do mistério sacrossanto e por isso nos acostumamos coma missa, o mistério não nos fala mais, é tudo normal, tartamos a Deus com desprezo, não se tem zelo nenhum, nem da parte do sacerdote que celebra apressado, sem seguir o missal, porque já decorou tudo, não prepara a homilia, celebra com qualquer paramento, de qualquer jeito, muitos até dizem: "o que importa é celebrar", não tem o mínimo decoro, sem postura, faltando-lhe aquilo que papa Bento diz:  "a ars celebrandi", ou seja, a arte de celebrar, o padre se acostumou com a missa, achou que já descobriu quem é Deus. da parte dos fiéis também se acontece desprezo quando se quer cantar qualquer coisa na missa, quando se conversa na missa, a postura é de qualquer jeito, na comunhão se conversa, na missa fica brincandoas equipes de leitores não se preparam  para proclamar as leituras, tudo é feito de improviso. que tristeza quando nos acostumamos com as coisas de Deus, que falta de piedade, de adoração.


todas estas coisas acontecem quando nós queremos a missa da nossa forma, do nosso jeito, achamos que podemos modificar as normas e os ritos litúrgicos, fazemos da liturgia a nossa celebração e não aquilo que ela deve ser: a celebração de Deus onde adoramos ao Pai, pelo Filho, na força do Espírito. uma das formas de se perceber quando na relação com Deus no culto divino se perdeu o espírito adorante é quando          na liturgia nós queremos explicar tudo, quando na verdade símbolos não se explicam, eles devem mover o nosso coração a contemplar o mistério e nos unir a Deus.

hoje uma das grandes aberrações litúrgicas é a de buscar "criar" coisas novas para a celebração, inventar, e aí se põe coreografias, se canta qualquer tipo de música, se reza qualquer coisa, se lê qualquer leitura, se fala de tudo na homilia, menos de Deus, já não se tem momentos de silêncio, porque o homem não suporta estar sozinho em seu interior para poder encontrar Deus, faz da celebração um carnaval, um show, quando a missa é drama, é paixão, é sacrifício.outrora se celbrava voltado para Cristo, ele é o centro da celebração, o padre, a assembléia olhavam para o oriente, para o Sol sem ocaso, todos os corações, todas as exist~encias voltadas para aquele que é o centro da celebração, não que se precise voltar ao costume antigo, como é dito, mas agoro não é Cristo o centro , é o padre que se auto-celebra, puxando a atenção toda para si, eu presido a celebração e todos estão de olhos voltados para mim, por isso devo ver o que vou fazer, inventar para atarir as pessoas e aí se muda a oração eucarística, coração da celebração, se modificam as orações, se fala coisas desnecessárias, não se tem postura orante e piedosa, se pega nos objetos sagrados de qualquer jeito, sem o mínimo de docilidade, não se faz uma preparação antes de celebrar a missa, tudo é na base do ativismo, a celebração começa no maior alvoroço, o padre entra as pressas na procissão de entrada, já não se usa mais casula, já não  se usa mais incenso, com o pretexto de que se faz muito calor, de que é muita fumaça, faz da celebração um ato  meramente humano, trasnforma tudo, faz tudo do seu jeito, é a sua missa.  

atenção: Rito não se muda! toda a religião tem rito. todos sabem as formas de se ligar a Deus. a Celebração cristã, tem um Rito que não é obra humana, é dom de Deus, diz-nos o cardeal Ratzinger: "a verdae dira liturgia pressupõe que Deus responde e expõe o modo como deve ser adorado". Deus entra no tempo para nos lançar  na eternidade, e é le que nos aponta os caminhos, as normas, as regras.

invertar moda na liturgia é celebrar a si mesmo, é dar glória a si e não à Deus, é celebrar ao deus desconhecido, é abandonar Deus e criar um deus pagão, falso, um bezerro de ouro, constrído com nosso meros pensamentos e criatividades, fazemos da liturgia uma brincadeira onde todos usam disfarces e se esconde os nossos egoísmo num tampo sagrado.

que tristeza quando na liturgia se perde o carater reverencial, de volver o coração para o alto, de contemplar com temor e tremor o fascinante mistério de Deus, isso acarreta um  vazio, uma frustração,   ficamos aprisionados no nosso egoísmo,d e querer celebrar da nossa maneira, projetarmos o nosso deus, o nosso rito, o nosso culto, a nossa liturgia.
vivamos cada liturgia com o coração contrito e humilde, com santo temor dando glória a Deus, com os olhos fixos nele, com o Coração voltado para o eterno, permitamos que  os nossos corações sejam abarsados pelo fogo do Espírito que em cada Eucaristia nos une num só com pelo dom do Corpo e Sangue do Cordeiro Imolado, ao qual seja dada toda honra, todo louvor, e todo poder.


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