domingo, 13 de novembro de 2011

Esperemos o Senhor em prontidão!

Na profissão de fé de nossa Mãe Igreja nós rezamos: “Creio em Jesus Cristo... que de novo há de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos”. Esta verdade de fé nos dá a certeza de que Nosso Senhor virá uma segunda vez; mas quando e como se dará esta vinda gloriosa nós não sabemos, ela está escondida no mistério insondável de Deus,Quanto ao tempo e à hora, meus irmãos, não há por que vos escrever.
Vós mesmos sabeis perfeitamente que o dia do Senhor virá como um ladrão, de noite” (1Ts 5,1-2); pobres mortais são aqueles que com suas previsões fúteis tentam desvendar quando chegará o fim dos tempos, quantas datas já foram dadas, 2000, 2005, e agora recentemente se disse: 11/11/2011, que pobreza de fé e de inteligência, ninguém sabe quando e como será o fim, só o Criador, aquele que com seu poder e sua divina providência rege o mundo, ele é que sabe, pois Ele é o princípio e o fim da história, tudo veio dele, é mantido por ele, e caminha para ele.  Resta-nos aguardar vigilantes o Esposo que vem para celebrar as núpcias eternas conosco. Uma coisa é certa e necessária, não podemos esperar o Noivo cercados pelo medo ou desespero, e mais, não podemos estar acomodados pela demora deste grande acontecimento, na 2ª leitura da missa de hoje, São Paulo escrevia aos Tessalônicos para adverti-los a esperar o Senhor com prontidão de coração, sem viverem o comodismo, pois, foi isto que aconteceu com eles, acreditavam numa vinda iminente do Senhor, e isto fez com que eles se acomodassem, não fizessem mais nenhum esforço, bastava apenas esperar a chegada do Senhor. Assim os exortava o apóstolo das gentes: Portanto, não durmamos, como os outros, mas sejamos vigilantes e sóbrios” (1Ts 5,6).
Deveremos estar vigilantes, em atalaia, em prontidão, nosso batismo fez de nós sal e luz do mundo, recebemos a missão de a cada dia servir e edificar o Reino de Deus, pelo anúncio do Evangelho, pela vivência da caridade, pelas boas obras, lembremo-nos daquela mulher que nos foi descrita na liturgia de hoje, pelo livro dos provérbios, ela é imagem da Igreja, que está pronta, mas que está preparando seus filhos para a grande hora, aquela mulher deve ser protótipo de nossa vida como cristãos, vejamos o que nos dizia a sabedoria proverbial do povo judeu: “Ela lhe dá só alegria e nenhum desgosto, todos os dias de sua vida. Procura lã e linho, e com habilidade trabalham as suas mãos.
Estende a mão para a roca, e seus dedos seguram o fuso. Abre suas mãos ao necessitado e estende suas mãos ao pobre” (Pr  31,12-13.19-20).  A graça batismal que nos foi concedida como dom precioso de Deus deve frutificar em nossa vida, são como os talentos que Deus nos concedeu para que assim pudéssemos viver  e praticar boas obras, edificando a Vinha do Senhor, sejamos como os dois primeiros empregados do Evangelho que o Patrão (Deus) saiu e deu a um 5 talentos a outro 2, e que se esforçaram para produzir ainda mais, nãos e acomodaram, mas labutaram, não viveram a apatia da vida, e por isso ao voltar o Senhor, Ele os louvou pelo seus esforços, “Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’” (Mt 24,21). Que alegria é esta que o Senhor quer nos conceder quando vier para reconduzir para si a história? é a Vida Eterna, o céu, a pátria dos bem-aventurados, a glória sem fim, a terra dos justos. É para lá que o Senhor Jesus quer nos conduzir, à Jerusalém Celeste para juntos celebrarmos o festim sagrado, o banquete, as núpcias eternas.
 Os dons, as graças recebidas pelo sacro batismo não são para juntarmos para nós mesmos, para vivermos deitados eternamente em berço esplêndido, ou seja, nas grandes poltronas medíocres da vida que nos engessam, nos põe na sarjeta de uma vida meramente cômoda. Não podemos ser como o outro servo que ganhou 1 talento e o enterrou, não se preocupou em se esforçar, esperou o Senhor comodamente, e a resposta do Senhor foi: “Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e ceifo onde não semeei? Então, devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’. Em seguida, o patrão ordenou: ‘Tirai dele o talento” (Mt 24, 26-28). A este servo inútil não lhe foi reservada a alegria, mas o choro, a escuridão, a pátria dos esquecidos, daqueles que não abriram seus corações a Deus, que viveram uma fé cômoda, sem esforço nenhum, sem buscar edificar o Reino, sem praticar boas obras, “Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Aí haverá choro e ranger de dentes” (Mt 24,30).
Amados irmãos temamos o Senhor, tenhamos o coração sempre pronto para mesmo no pouco da vida, lutarmos para progredirmos sempre mais, para colhermos frutos de paz, justiça e amor. Busquemos trilhar os caminhos de Deus, as pegadas que ele deixa em nossa história, assim estaremos caminhando para o Céu, para a união total com Deus.


Nenhum comentário:

Postar um comentário